A prostituição de indígenas em São Paulo como atrativo para turistas
Atualmente, estima-se que existam cerca de 896.000 indígenas em todo o Brasil. Além da região metropolitana de São Paulo, no interior desta megacidade paulista há muita vida e é lá que se instala um grande grupo de indígenas.
Infelizmente, as atuais circunstâncias em que vivem não parecem ser as melhores. Ano após ano, eles veem como o as fronteiras de suas terras diminui à medida que as empresas se apropriam delas cada vez mais. Tudo isso, sem falar no grave problema do corte indiscriminado de árvores, que está destruindo completamente o seu ecossistema.
Tudo isso tem levado um grupo cada vez mais numeroso de indígenas a se prostituir para subsistir. Elas são vendidas como acompanhantes em São Paulo e não escondem sua condição de indígenas, mas, ao contrário, a promovem como ponto a favor de quem busca uma experiência diferente nas periferias da grande cidade de São Paulo.
O início da prostituição indígena
Quando os povos indígenas compreenderam que sua vida, da maneira que conheciam, estava com os dias contados, começaram a buscar soluções. A princípio, eles mandavam seus primeiros filhos para a capital paulista em busca de qualquer emprego, independentemente do sacrifício que isso significava.
Infelizmente, em muitos casos, o dinheiro não era suficiente para atender às necessidades de toda a família. Foi aí que as mulheres indígenas assumiram o cargo de encontrar uma maneira de viver em busca de um futuro melhor.
O meio caminho entre as atividades agrícolas e a prostituição
Enquanto os homens se dedicavam a dar continuidade às tarefas cotidianas, voltadas para a caça, a pesca, a pecuária ou a agricultura, as mais jovens procuravam contribuir com o que obtinham na cidade.
Infelizmente, a falta de educação e experiência limita severamente as opções de entrada no mercado de trabalho para mulheres indígenas em São Paulo. Foi assim que Mayara, uma indígena de apenas 25 anos, entrou na prostituição: “Eles me ofereceram muito mais dinheiro do que eu tinha visto em toda a minha vida e apesar de inicialmente ter repudiado a ideia, depois pensei que deveria fazer esse sacrifício para o bem da minha família”.
Os prejuízos dos povos indígenas
Mayara, como muitas outras mulheres indígenas, secretamente se prostitui. Os familiares desconhecem por completo o que fazem quando chegam à cidade grande, mas “enquanto o dinheiro continua entrando, não fazem perguntas”.
Em algumas tribos, a prostituição consiste em uma grande ofensa ao povo e aqueles que a praticam estão sujeitos a punições físicas severas. Por isso as mulheres sabem da importância de realizar esta atividade em segredo.
Holandeses, alemães e americanos, os principais interessados
Os consumidores regulares de prostituição têm plena consciência do que podem conseguir em seus países de origem, por isso, quando se dispõem a viajar milhares de quilômetros, como no caso dos holandeses, americanos e alemães, eles procuram certamente uma experiência muito diferente.
Esses são justamente os clientes-alvo das acompanhantes indígenas paulistas. Tudo isso não fez nada mais do que aumentar a demanda de turismo sexual que existe em torno das mulheres indígenas em um país onde esses grupos continuam marginalizados e sem oportunidades de obter empregos mais dignos.